sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Cavaleiro Negro

O Cavaleiro Negro

Antes de tudo penso que devo salientar uma palavra que define este filme: Fantástico! Sei que não devo estar a dizer nada de novo mas achei que como meu primeiro post deveria falar de algo que nos últimos tempos me entusiasmou muito. O último filme de Batman –The Dark Knight- que estreou ainda não há muito tempo. Este filme tem andado nas bocas do mundo e com boas razões para tal. De salientar que já ultrapassou as receitas do último filme do Homem-Aranha, se não estou em erro.
Continuando, este é a primeira vez que vejo um filme de heróis de BD e, afinal, não é apenas mais um filme recheado com o pacote básico de heróis e vilões e donzelas pelo meio. É muito mais que isso. Este é um filme que primeiramente conseguiu pegar no verdadeiro ambiente “negr” de Batman e do seu mundo, a cidade de Gotham (desejo referir que esta afirmação em nada insulta os filmes de Tim Burton, pois a meu ver ele criou a sua imagem de Batman de uma forma única, que adoro).
The Dark Knight penetra na verdadeira essência humana e nos seus desejos primordiais. Ou não... Na verdade durante este filme vemos as várias personagens numa constante luta interna, ou melhor, numa descoberta interna, numa tentativa de compreenderem o que realmente querem e qual o seu lugar no mundo. Escusado será dizer que a única personagem que, de facto, tem todos esses “problemas” resolvidos é o Joker –representado pelo falecido Heath Ledger.

Encontramos neste filme uma série de estrelas, como : Christian Bale ( Bruce Wayne/ Batman); Heath Ledger ( Joker); Michael Caine (Alfred Pennyworth); Aaron Eckhart (Harvey Dent/ Two-Face); Morgan Freeman (Lucius Fox); Gary Oldman ( Tenente James Gordon); e até uma breve passagem de Cillian Murphy ( Espantalho) .Todos merecem os seus créditos, principalmente Maggie Gyllenhaal que melhorou em muito a personagem de Rachel, feita no filme precedente por Katie Holmes.

Neste filme Gotham encontra-se no meio de um projecto de combate ao crime imenso, tendo Harvey Dent ( Aaron Eckhart) como o seu Cavaleiro Branco. Preocupados com a situação, os mafiosos contratam uma nova figura na cidade, Joker (Heath Ledger), sem perceber que controlar este indivíduo é uma tarefa impossível.
Rapidamente Joker (Heath Ledger), numa sucessão de jogadas imprevisíveis vai adquirindo um maior poder e entalando tanto os mafiosos como a polícia de Gotham e o próprio Batman.
Batman vai precisar de enfrentar este novo sujeito imprevisível enquanto precisa de escolher quem é mais importante, Bruce Wayne ou Batman.
Em The Dark Knight temos uma combinação excelente de representações ( com grande ênfase em Heath Ledger que fez uma representação espectacular e arrepiante); seguimos um filme cheio de acção e suspense que nos prendem ao ecrã e que principalmente nos faz ponderar constantemente : “ Onde é que está o Joker e que andará a fazer?”

Ficha Técnica:
Título Original: The Dark Knight
Género: Aventura
Tempo de Duração: 142 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: http://thedarkknight.warnerbros.com
Direção: Christopher Nolan
Argumento: Jonathan Nolan e Christopher Nolan, baseado na história de Christopher Nolan e David S. Goyer e nas personagens criadas por Bob Kane

Elenco: Christian Bale – Bruce Wayne/ Batman
Heath Ledger –The Joker
Aaron Eckhart –Harvey Dent / Two-Face
Michael Caine –Alfred Pennyworth
Maggie Gyllenhaal –Rachel Dawes
Gary Oldman –Detective James Gordon
Morgan Freeman – Lucius Fox
Cillian Murphy –Espantalho
Eric Roberts –Salvatore Maroni

3 comentários:

Inês_rocks! disse...

Batman or Joker movie?

(warning: spoilers below)

Ora bem, contrariamente à opinião geral acerca deste filme, penso que este se encontra muito, mas muito overrated. Uma personagem (por mais bem construída que esteja) não faz um filme. Ou melhor, pode contribuir para a sua (excessiva) popularidade, mas não o torna num filme sólido, bem construído, em suma, num bom filme. O responsável por tal é a chamada plotline (argumento), algo de que este filme carece em muito. Onde é que eu quero chegar com isto, perguntam vocês. Bem, um filme que se dispersa entre múltiplas cenas de acção (envolvendo várias personagens secundárias que no fim, não se percebe bem quais eram as suas finalidades na trama- eg: Lui que acaba incendiado numa pilha de dólares by the Joker; o Espantalho, que aparece no início para sair como entrou: sem marca nenhuma na história; os vários (novos) mafiosos que são presos e acabam soltos...) e uma personagem secundária (Joker), pondo para trás a personagem principal (Batman), e acrescentando ainda uma nova (Two-Faces... não o Harvey) que se desvanece poucos minutos após a sua entrada em cena (em vez de o matarem, mais valia deixarem em aberto o seu final para poderem desenvolver o personagem no próximo filme) acaba por deixar muito a desejar. A mim claro... porque quanto ao público em geral, parece ter ficado perplexo, hipnotizado com a fenomenal e arrepiante prestação de Heath Ledger, cujo falecimento (R.I.P) em muito contribuiu para o sucesso do filme. Afinal, pergunto eu, foram ver um filme do Batman ou do Joker? Eu fui ver um filme do Batman, e não, não fiquei em nada maravilhada.

Mário Barroso disse...

Com todo o respeito a quem escreveu esta critica sinto-me na necessidade de manifestar a minha opinião negativa relativamente ao filme que aqui se trata. Eu, infelizmente, vi a grande maioria dos filmes de super-heróis e para mim “o cavaleiro negro” é sem duvida o melhor filme de super heróis que já vi, mas não passa no entanto da mediocridade. Existem para mim duas razões básicas que levam o filme a ser medíocre: a primeira, e menos importante, a qualidade dos actores, excluindo Heath Leger que consegue durante todo o filme uma prestação bastante sólida, todos os outros actores representam com alguma “falsidade” nunca me conseguiram realmente fazer querer naquilo que diziam. A outra razão, e aquela que mais importância tem a meu ver, o argumento é muito fraco e dirigido claramente para as massas. Passo a explicar a minha visão: para começar acho a estrutura do argumento muito semelhante ao de qualquer outro filme de super heróis, temos um herói com crises de meia-idade, um vilão a abater e uma cidade a proteger a todo o custo, o que tem isto de novo? Nada! Imperdoável é também a fraca participação de “duas-caras” no filme, não há qualquer espaço para desenvolver a personagem, diga-mos que o filme passa imenso tempo a desenrolar sobre Harvey Dent mas quando ele poderia assumir um papel preponderante na trama ao se tornar no “duas-caras” é cuspido para o ecrã sem qualquer densidade de argumento. Para finalizar a minha critica ao argumento não posso deixar de falar sobre a pseudo-filosofia que o filme tenta transmitir, a ideia que os americanos (e as pessoas em geral) são todos perfeitos e boas pessoas, que o mundo está recheado de boas intenções e apenas é preciso um herói para trazer o bondade das pessoas à tona. É tudo tão falso e americanizado que se torna ridículo. Apesar das reviravoltas no enredo, em última análise, o filme está recheado com os clichés dos heróis de bd americanos, a luta do bem contra o mal, o triunfo incondicional do bem no final, a ausência de defeitos de maior no herói, a loucura do vilão, a forma pura de ver o amor, a donzela em perigo, etc etc etc. O argumento fraco em conjunto com a duração, excessiva, do filme (140 minutos) torna o filme pouco coeso, variando entre momentos de grande intensidade de acção e diálogos vazios e previsíveis entre as diversas personagens. Enfim recomendo o filme apenas a quiser passar algum tempo de descontracção e animação, pois não há nada para a aprender com o cavaleiro das trevas.

Pedro Guerra disse...

Aqui é o sujeito que escreveu o artigo. De facto o filme está cheio dos ditos "clichés" de super-heróis, arrisco-me a dizer que será por ser um filme de super-heróis, também se encontra com muitos clichés de históricas aemricanas, arrisco-me mais uma vez a afirmar que o filme é americano, que, para quem segue a BD do Batman, este filme é fiel ao ambiente e aos temas do morcego.

Em relação ao comentário da inês_rocks, posso te explicar a intenção dã curta aparição do Espantalho, não sei se já leste alguma BD do batman, mas é mais do que ocmum, antigos vilões aparecerem momentaneamente na história, demonstrando que só por não serem principais ao fio condutor, não quer dizer que não andem a fazer asneiras. Os mafiosos são isso, mafiosos, assim como num filme de acção vês vários henchmen e pergunto-me se tu pensas no que eles tão ali a fazer no meio do último filme do Rambo.

Agora uqanto ao facto do Joker ter ganho um maior protagonismo em relação ao Batman, bem, a verdade é que uma personagem como o Joker, bem representada como foi consegue tirar a luz facilmente a qualquer personagem, o batman foi como sempre, o batman, calado e sem intenções de brilhar.

beijinhos